terça-feira, 6 de outubro de 2009

História das Marcas


As marcas foram utilizadas pela primeira vez na historia antigo Egito como forma de identificar a propriedade e orgulho dos criadores, quem viveu naquela época saberia que o grande senhor Ti tinha o melhor gado devido a uma alimentação primorosa e grande cuidado que tinha com seus bois. É evidente que com grandes espaços abertos seu gado se misturaria com animais de outros criadores, dessa forma foi necessário desenvolver alguma forma de identificação. A partir de uma escavação realizada num antigo cemitério de animais da 26ª dinastia, acredita-se que uma forma de identificar um animal era marcar ou corroer seus chifres. Todavia, marcações de animais era comumente representada em tumbas Tebanas (Nebamun and Neferhotep) e também no papiro Varzy, marcações eram talvez as formas mais efetiva de identificação praticadas em grandes nações e templos.

Animais são marcados já há muito tempo; o termo “maverick” em inglês, “bezerro sem marca” era uma citação do rancheiro texano Samuel Augustus Maverick que, durante a guerra civil americana, percebeu que todos marcavam seu gado, e decidiu que os dele seriam identificados por não haverem nenhum tipo de marcação.

Marcações eram usadas também como forma de identificar prisioneiros como símbolo de desonra, a marca dos escravos. Todos as letras do alfabeto podem ser reproduzidas com ferro em brasa retorcida na configuração da letra “J”.

Bandeiras também eram tidas como uma forma de marca, o uso de bandeiras se espalhou pela Índia e China, onde certamente foram inventadas, até os vizinhos próximos como a Birmânia, Sião e sudeste da Ásia.

Os persas usaram a bandeira Drafsch e Kavian na época da dinastia aqueménida de 500-330aC. Depois disso usaram bandeiras com um aspecto um pouco diferente na era Sassânida (224-651). Que também era usada para representar o Estado Sassânida – Ērānshāhr, o “reino do Iran” – esta foi talves a primeira “bandeira nacional” do Iran.

Mas a primeira vez que as marcas foram usadas para identificar um produto manufaturado foi na antiga Roma.

Foram encontrados num deposito de materiais em Modena vasos, garrafas, tijolos e lamparinas a óleo, cada qual com o nome do artesão que a fez.

Firmalampen ou “lâmpadas firma” foi um dos primeiros produtos produzidos em massa nos tempos romanos (aproximadamente em 150 d.C.). Portavam claramente suas marcas gravadas na parte de baixo.

Foram achadas também diferentes marcas de Garum, ou liquamen, um tipo de condimento para peixe muito popular na sociedade da Roma Antiga (Também jarros de vinho com a denominação “vesuvinum”, um trocadilho de marketing para “vinho do Vesúvio” achados em Pompéia).

Existiu também as espadas do tipo escandinava (século XI). Uma das quais com cabo de bronze, ornada com base no imaginário de monstros (tal qual as pedras de runas) com uma marca (marca registrada) na lamina: “Kоваль Людота (Людоша )” (“Koval Ludota (Ludosha)” traduzidas como “O ferreiro Ludota (Ludosha)”. Esta era a mais antiga arma com marca em cirílico. A marca do primeiro ferreiro fabricante de espadas.

O uso de Brasões de famílias nos tempos medievais para distinguir uma família da outra, evidenciando suas características principais ainda hoje é uma forma de diferenciação de produtos (famílias) que teve início ao mesmo tempo no ocidente e também no Japão,eles aplicavam seus brasões na forma de Tsubas.

Os Tsubas - (鍔) eram proteções, normalmente de forma circular ou muitas vezes na forma de círculos achatados, das empunhaduras de espadas japonesas, os katanas e suas variações (tachi, wakizashi etc.). Os tsubas eram usados para prevenir que as mãos escorregassem para as laminas durante a perfuração ou o ataque frontal da espada do oponente.

Nicolas Appert ( 17 de novembro de 1749 – 3 de junho de 1841), nascido em Châlons en Cahmpagne foi o inventor da comida preservada pela supressão de ar. Appert, conhecido como o “pai dos enlatados” - father of canning era um confeiteiro.

A cervejaria britânica Bass & Company, alega que seu triangulo vermelho foi a primeira marca registrada do mundo. A Lyle’s Golden Syrup tem uma alegação parecida, a de ser a mais antiga marca da Grã-bretanha com a sua embalagem verde e dourada que se manteve inalterada desde 1885.

Estes são os antigos exemplos de “protomarcas” ou marcas que surgiram antes da revolução industrial e a produção em massa e subsequentemente o marketing de massa.

As marcas no campo do marketing de massa originaram-se no século 19 com o advento dos bens embalados. A industrialização trouxe a produção de diversos objetos do uso cotidiano, tais como o sabão, de comunidades locais para fabricas centralizadoras. Quando embarcava seus artigos, as fabricas literalmente imprimiam seu logo ou sua insígnia nos barris usados, extendendo o significado de marca para “trademark”.

Nos idos de 1900, James Walter Thompson publicou um artigo na forma de anuncio explicando o conceito de marca. Essa foi à primeira explanação comercial conhecida como branding. Companhias como a Coca-cola, IBM e Fiat logo adotaram seus “slogans”. Mascotes, e jingles publicitários que logo começaram a aparecer nos recém criados rádios e televisores.

No que se refere a Coca-cola ... profissionais de marketing costumam dizer que o mundo sofreu uma transformação a partir do momento em que a primeira garrafa de Coca-cola foi vendida na farmácia de Jacobs em Atlanta, Geórgia no dia 8 de maio de 1866. o nome e o produto por si só tem diversos significados para centenas de milhões de consumidores em todo o mundo. Os produtos da “Coca-cola” são servidos mais de 705 milhões de vezes todos os dias, matando a sede de consumidores em mais de 200 paises e territórios ao redor do globo.

Vejamos como a Coca-cola evoluiu desde aquele dia:

1886 - Vendas de Coca-Cola atingem a marca de nove drinks por dia. Dr. Pemberton vendeu 25 galões de xarope, embarcou em barris de madeira vermelhos. Desde então a cor vermelha está associada com a marca de refrigerante numero um no mundo.
1891 – O empresário de Atlanta na Geórgia, USA adquiriu os negócios da Coca-Cola. Pemberton se viu obrigado a vender pois, estava em péssimo estado de saúde e com dívidas. Ele investiu US$ 76,96 em propaganda, mas teve apenas US$ 50,00 em lucros. Candler pagou pela aquisição US$ 2.300,00. Em quatro anos, a campanha de merchandising de Candler fez com que o consumo de Coca-Cola expandisse para todos os estados americanos.
1893 – No mês de janeiro a “Coca-Cola” teve seu registro no escritório de patentes Americano.
1917 – 3 Milhões de garrafas de Coca-Cola vendidas por dia. “torna-se a marca registrada mais conhecida do mundo”.
1925 – 6 Milhões de garrafas de Coca-Cola vendidas por dia.
1927 – Primeiro spot de radio da Coca-Cola.
1929 – Coca-Cola agora é vendida nas “Vending Machines”.
1931 – Chega ao mercado a “Coke Santa” (referencia da Coca-Cola ao Papai Noel) como promoção de natal.
1934 – A Coca-Cola cria uma bandeja de serviço metálica com Johnny Weissmuller, campão olímpico de natação, e Maureen O’Sullivan, astro de cinema.
1940 – A Coca-Cola é engarrafada em mais de 40 países.
1950 – Começa a anunciar em televisão. Atualmente os anúncios de Coca-Cola são exibidos em 500 canais de televisão no mundo todo.
1971 – Ano de lançamento do tema "I'd like to Buy the World a Coke" – “Gostaria de pagar ao mundo uma Coca”.
1977 – A garrafa de Coca-Cola em seu formato peculiar é patenteado.
1982 – Introdução da Coca-Cola Diet.
1988 – A Coca-Cola torna-se a primeira operadora independente na União Soviética.
1993 – A venda de Coca-Cola ultrapassa a marca de 10 bilhões de caixas vendidas ao redor do mundo.
1993 – Lançamento do slogan “sempre Coca-Cola”
1995 – Coca-Cola foi consumida no Ônibus Espacial – é a terceira vez que bebem Coca-Cola no espaço e a primeira que bebem Diet Coke.
1996 – Jogos Olímpicos disputados em Atlanta, terra natal da Coca-Cola. Por mais de 65 anos, Coca-Cola patrocina os Jogos Olímpicos.
2002 – A plataforma de marketing “Welcome to the coke side of life” – bem-vindo ao lado Coca-Cola da vida – faz seu debut.
2005 – Coca-Cola a sua lata de Alumínio.
2008 – Coca-Cola celebra seus 80 anos de contínuo envolvimento com os Jogos Olímpicos – marca esta, não atingida por nenhum outro patrocinador.
Veja esta matéria em inglês

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