terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

O futuro de nossa civilização em três passos


O começo do ano de 1963 foi muito importante para a civilização como conhecemos, o astrônomo russo Nikolai Semenovich Kardashev (Никола́й Семёнович Кардашёв – nascido em 25 de abril de 1932 em Moscou) estava examinando o quasar CTA-102 na primeira iniciativa soviética na busca de inteligência extra-terrestre e começou a filosofar sobre vida extraterrestre e todos os feitos da humanidade.

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O resultado veio 22 anos mais tarde em seu trabalho “Sobre a inevitabilidade e as possíveis estruturas das supercivilizações” em “A busca por vida extraterrestre”.

O ingrediente básico para um padrão de vida descente e para impulsionar a sociedade para níveis mais prósperos é ENERGIA. Nos dias atuais nos humanos estamos conseguindo grande parte de nossa energia a partir de plantas e animais mortos transformados em carvão, petróleo, etc.

Karadshev desenvolveu uma escala com três categorias distintas chamadas de Tipo 1, 2 e 3. Estes tipos são baseados na quantidade de energia que um grupo tem a sua disposição, bem como seu grau de colonização espacial. Em termos gerais, uma civilização Tipo 1 terá maestria em obter recursos de seu planeta natal, como era conceituada a terra em Buck Rogers no século 25. Em um sistema de “civilização planetária do tipo 2, como nos filmes de Jornada nas Estrelas - com a sua Federação de Planetas Unidos e a colonização feita pela Frota Estelar de alguns sistemas planetários, será atingida quando nossa civilização ter maestria em dominar os recursos do nosso próprio sistema solar. E a do Tipo 3, quando nos dominarmos os recursos disponíveis na nossa galáxia como vemos no “Império” dos filmes de Guerra nas Estrelas.

Nos vivemos neste momento numa civilização do Tipo 0 (ZERO) pois no presente momento, nos não dominamos os recursos da Terra. Muito pelo contrario, Nos quase conseguimos nos destruir em diversos momentos na era da guerra fria, o mais conhecido destes episódios foi em 1962 quando uma intervenção militar feita pelos Estados Unidos em Cuba quase provocou uma guerra nuclear dotada perfeitamente de capacidade de aniquilação da raça humana. Naquele que foi chamado de “O episodio da Bahia dos Porcos”.

O Fisico Teórico Nipo-americano Michiuo Kaku (加來 道雄 – 24 de Janeiro de 1947) diz que a transição de uma civilização do Tipo 0 para a do Tipo 1 pode ser o momento mais difícil que uma civilização pode encontrar, matemáticos calculam que possa existir milhares de civilizações do tipo um na galáxia, se for assim, porque nos ainda não as vimos?

Kaku Explica que de um lado nos temos a tolerância cultural, um bom desenvolvimento cientifico, integração, mas de outro lado nos possuímos armas nucleares, terrorismo que funcionam como obstáculos para alcançarmos o status de civilização do Tipo 1. Talvez nenhuma outra civilização tenha conseguido se transformar de Tipo 0 para Tipo 1.

Deste modo nos encontramos ainda em uma civilização Tipo 0. Embora valores intermediários não foram propostos originalmente por Karadashev, o astrônomo americano Carl Sagan ( 09 de novembro de 1934 – 20 de dezembro de 1996) calculou em 1973 graus entre 0 e 1 no Tipo de Humanidade da civilização (HUMANITY’S CIVILIZATION TYPE – HCT) ele estipulou que naquele ponto a terra estava em cerca de 0,7, em relação ao modelo de Karadshev para Tipos 0 e 1.

Sagan usou a seguinte formula:


Kaku poistulou que em 1900 nosso HCT era 0,58, em 2007 era 0,72 e que se nos fizéssemos uso em grande escala da aplicação de energia fusão, produção de anti-matéria para ser usada em usinas de geração de energia a partir de colisão de anti-matéria, energia solar, convertendo luz do sol em eletricidade por meio de células solares, etc. no ano de 2100 nos poderemos sair do 0 e chegar ao HCT 1.

O grande salto em direção ao Tipo 1 de civilização também engloba mudanças políticas e econômicas, talvez no ano de 2110 poderá ser lido nas manchetes dos jornais “Hoje foi assinado o primeiro bloco comercial planetário. Podemos agor comprar Anti-materia de VULCANO sem ter que pagar impostos” ou “A despeito do esforço Chinês, Inglês foi aprovado como o novo idioma interplanetário”.

Mesmo se o inglês fosse o idioma oficial da nossa economia Tipo 1, outros idiomas serão falados porque as pessoas terão tempo e recursos para estudar e aproveitarem suas próprias culturas, tolerância cultural tenderá a crescer sem limites porque as pessoas aprenderam no processo que os levou a alcançar o Tipo 1 que a diversidade foi o grande ingrediente de evolução, pobreza será extinta, pois “agora podemos explorar outros planetas e fazer uso dos seus recursos abundantes”, empresas não entrarão num novo negocio por causa de dinheiro, em vez disso, passarão a prestar mais atenção em melhorar o potencial pessoal de seus empregados, perceberão que esta é a melhor forma de prosperar em um sistema planetário chio de recursos. O sistema político do Tipo 1 (adotado como único em todo o planeta) é mais justo e talvez a democracia seja substituída por “democracia total” (não faço a menor idéia de como isso funcionará).

Compreendendo nossa realidade atual e as forças que podem nos levar a civilização do Tipo 1, 2 ou 3, nos poderemos ser a raça (talvez a única) que prosperará alem dos limites de um planeta, um sistema planetário ou de uma galáxia.

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