terça-feira, 20 de maio de 2008

Financeirização


Fiancialização (Financialization) é um termo relativamente novo usado para descrever a emergência de uma nova forma de capitalismo na qual os mercados financeiros crescem sobre a economia industrial tradicional. Greta Krippner da Universidade da Califórnia em Los Angeles defende a teoria de que “financeirização” se refere ao “padrão de acumulação na qual a realização cresce muito mais através dos canais financeiros do que elo comercio e a produção de commodities”. Na introdução do livro Financeirização e a economia mundial reeditado em 2006, Gerald A Epstein insiste no uso cada vês mais restrito do termo: a ascensão do “shareholder value” como uma forma de governança coprorativa; ou a crescente dominação do mercado de capitais financeiro sobre os sistema financeiro baseado nos bancos.

Recentemente o termo financeirização vem sendo aplicado de uma forma mais ampla e menos compromissada. Pode-se referir também ao mercado financeiro em geral, motivadores financeiros, instituições financeiras das economias de operações domesticas e internacionais. No livro “Teocracia Americana. O Grave Risco e Política da Religião Radical, Petróleo e Empréstimos de Dinheiro no século 21” (American Theocracy: The Peril and Politics of Radical Religion, Oil, and Borrowed Money in the 21st Century) - ainda sem versão traduzida para o português – o escritor americano Kevin Phillips apresenta a financeirização como o processo no qual serviços financeiros, amplamente irraigados, assumem a economia dominante, os aspectos culturais e o papel político das economias nacionais. Phillips considera que a financeirização da economia americana segue os mesmos passos que historicamente levaram a época do declínio da casa dos Habsburgos da Espanha no século XVI, o império holandês do século XVIII, e o Império Britânico do século XIX. ... a liderança baseada no poder econômico surgem de um progresso evolucionário: primeiro a agricultura, pesca, a seguir a industria, e então as finanças. Muitos historiadores escreveram sobre este argumento. Brooks Adams resume que “quando as sociedades se consolidam, estas passam por uma profunda mudança intelectual.

Os dados mostram que o Volume Global de Ativos Financeiros (títulos de credito, ações e depósitos bancários) superou em mais de 3,6 vezes o Produto Interno Bruto mundial. Em 1980 o PIB mundial atingia a marca de 10 trilhões de dólares enquanto que o VGAF (Volume Global de Ativos Financeiros) era de 12 trilhões de dólares, esta relação em 2006 mudou drasticamente – o VGAF atingiu a marca de 167 trilhões de dólares enquanto que o PIB mundial atingia 48 trilhões de dólares.

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