Se eu escrevesse e falasse o que penso hoje, talvez fosse mal interpretado e criticado por aqueles que defendem suas convicções - a melhor maneira de transmitir a teoria da religião OMNI é fazer um ADF (Artigo de Dias Futuros) - desta forma, livre de preconceitos , é mais fácil transmitir minhas ideias - aqui está uma história que poderia muito bem ter sido escrita em 27 de outubro de 2066.
“Inaugurado hoje, dia 27 de Outubro de 2066 a sede do centro Ominireligioso Pro-Good , (sigla para Organização Poli Religiosa – Deus é o Único Destino, ‘Polly Religious Organization - God is the Only One Destiny’ - em inglês) próximo a cidade de San Luis, Argentina (localizado exatamente nas coordenadas 33°s 66°o com propósitos numerológicos específicos).
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Como o próprio nome diz a Pro-Good é um
núcleo multi religioso que tem o compromisso de celebrar a harmonia entre as
religiões mundiais. As religiões que hoje unem o mundo neste lindo complexo de
edifícios, foram durante muito tempo o gatilho para guerras e desentendimento.
Desde o assassinato de Hipátia, diretora do complexo da biblioteca de
Alexandria por párocos religiosos, as mortes ocorridas entre cristãos e
muçulmanos nas rotas de Jerusalém, desentendimentos entre judeus e palestinos no
Oriente Médio, e mesmo o terrorismo de separatistas, que na falta de um estado,
cometem crimes em nome de sua religião resolveram botar um fim na barbárie para
viverem o resto de suas vidas em paz.
A Pro-Good foi primeiramente sugerida por
um grupo de crianças omnireligiosas numa classe do pré-primário da The Montessori School of
New York, no ano de 2036.
Durante uma palestra de educação religiosa
um grupo de alunos escreveu num cartaz “Por que as religiões que deveriam levar
o homem a sabedoria divina causou tantas mortes em guerras sangrentas durante a
historia de nossa civilização?”. Sem resposta o palestrante começou a chorar
quando um garoto do mesmo grupo de alunos sugeriu a criação de um órgão
regulador mundial para que as religiões não mais cometessem atrocidades em nome
de Deus.
Diferente dos adultos, crianças são livres
de preconceito. Aquela geração de crianças de 2036 cresceu e concebeu o
conjunto religioso do Pro-Good na que inauguramos hoje nos lindos campos da
Argentina.
A exatos oitenta anos atrás no dia 27 de
outubro de 1986, o papa João Paulo II promoveu um encontro de oração, jejum e
peregrinação com líderes religiosos de diversas regiões do mundo na cidade de
S. Francisco de Assis, na Itália.
O Cardeal Roger Etchegaray, se emociona ao
recordar o histórico dia:
«Diante da Basílica de S. Francisco –
continua o então Presidente de Justiça e Paz, organizador do evento – onde,
cheio de frio, cada qual procurava encostar-se ao vizinho (João Paulo II estava
ao lado do Dalai Lama), quando alguns judeus saltaram por cima do palco para
oferecer ramos de oliveira aos muçulmanos, também eu dei por mim a enxugar as
minhas lágrimas».
A emoção que já era grande chegou a seu
auge quando, no findar daquela cinzenta manhã, o arco-íris apareceu sobre a
cidade de Assis, os chefes religiosos convocados entreviram um forte apelo à
vida fraterna: ninguém mais podia duvidar que a oração tivesse provocado aquele
sinal visível de harmonia entre Deus e os homens”.
Esta possível matéria de um jornal do
futuro descreve o que fatalmente devera acontecer no mundo globalizado. É
impossível não ser 'poli religioso' aqui no Brasil - se você vai a missa católica
com a sua mãe, no terreiro de Umbanda com seu amigo, no bar mitzvah do
sobrinho, assiste um evento budista e de quebra vai buscar o filho numa festa
Mormon.
O ARTIGO 18.º da declaração Universal dos
Direitos Humanos assegura “Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento,
de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de
religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou
convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino,
pela prática, pelo culto e pelos ritos”.
Como deverá ser o Pro-Good
Diferentemente do que acontece com templos
de outras religiões, o complexo é administrado por um CEO ateu (a tolerância
religiosa implica também na tolerância da ausência de crenças religiosas).
O líder ateu é uma escolha perfeita posto
que é religiosamente neutro e tem o objetivo de gerir as contas da organização
com máxima transparência, com base na economia de mercado.
As obras assistenciais conseguem um numero
de doadores estonteantemente grande e tem ramificações em todo o mundo.
Outro grande passo rumo a lisura das
atividades religiosas e a formação de psiquiatras aplicados, psicólogos
aplicados, profissionais médicos de diversas outras áreas, e terapeutas
energéticos isentos, que atuam em cada religião com o propósito de fornecer o
tratamento adequado aos fieis que foram levados a religião por diversos níveis
de desequilíbrios de saúde. As religiões devem ser cultuadas de forma sadia com
o propósito de entender os caminhos espirituais e não devem de forma alguma
explorar seus fieis.
As doações financeiras devem ser feitas por
fieis que tenham sua sanidade mental/espiritual devidamente atestada por estes
profissionais.
No edifício central existe um enorme
arquivo com Bancos de dados, livros e documentos de todas as religiões do mundo
para livre consulta.
Quatro grandes altares estão sempre lotados
com fieis que escutam e interagem com lideres religiosos que alternam a ágora
(palco de cada altar).
Existe também os conciliadores que tem o
único objetivo de evitar discussões acaloradas com base nos princípios básicos
do Pro-Good de harmonia, tolerância e fraternidade.
Cada fiel é incentivado a tirar o melhor
dos conhecimentos apresentados das diversas religiões por meio da ‘fé pela
contestação’, e criar sua própria ‘persona religiosa’ com orações e reflexões
individuais. Também são incentivados a respeitar a crença do próximo da forma
que também tem suas crenças respeitadas.
A sede de São Luiz, administra as filiais
espalhadas pelo mundo bem como os devidos escritórios de obras sociais.
A idéia não é o de miscigenar todas as
religiões em um amontoado de crenças globais e exterminar a regionalidade e
seus vínculos sócio-culturais. Pelo contrario, a Pro-good incentiva o resgate
dos cultos em seus idiomas originais, com vista a propagação e a preservação da
cultura dos povos.
Outra área bastante interessante é o da
Arqueologia religiosa, ritos antigos como os cultuados no antigo Egito ou
mesopotâmia foram meticulosamente estudados e cultuados em seu idioma original
e da forma adequada.
Os benefícios do Pro-Good à humanidade são
inúmeros e não duvido nada que uma instituição como estas passe a ser declarado
como patrimônio humano pela UNESCO logo quando for criado.
2 comentários:
Olá cara eu li o texto ele é Ótimo..
agora deixe eu te contar como eu encontrei seu texto..
eu hoje dia 15/06/2016 estava a caminho do meu trabalho dentro do ônibus por volta das 16h
e como ser pensante que sou estava a pensar sobre religião..
eu tenho uma base familiar cristã evangélica não praticante
e busquei me enformar um pouco sobre outras religiões..
então hoje me fiz uma pergunta e busquei realmente entender a qual religião eu devo seguir e me respondendo esta pergunta eu cheguei a conclusão: todas; e se eu absorver o melhor de todas então eu perecerei a todas mas isso não existe.
eu pensei e se existir? como devo localizar pessoas que tema o mesmo pensamento que eu? como isso deve ser denominado? eureca se existir deve ser poli religioso? pesquisei a palavra poli religioso no Google e apareceu o seu texto, o mais incrível é que imaginei antes de pesquisar exatamente o que você escreveu ... é claro que isso e uma ficção, mas pode ter certeza de que ela vai se tornar realidade um dia.. não sei se as religiões iram se unir mas que existira um grupo poli religioso com certeza existira.
Muito obrigado pelo comentário e incentivo Carlos Eduardo - se quiser tem mais, curta nossa página no FACEBOOK https://www.facebook.com/Omnireligion/?view_public_for=322007334595721
SAUDAÇÕES!!
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