terça-feira, 29 de novembro de 2011

O fim da cultura de "nós pagamos, em muitos aspectos por nosso lixo"


Desde o início da era industrial compramos produtos embalados em seu próprio marketing, usamos o produto e jogamos fora a embalagem.



Nós pagamos pelo o produto e também pela publicidade das indústrias, interessadas em se diferenciarem de outros fabricantes. Essa embalagem, como bem sabemos, transforma-se em lixo no final do processo de consumo.

Com o aumento da população mundial, esse modelo “Marketing-embalagem-lixo” deve ser mudado imediatamente.

O A grande ilha de lixo do Pacifico (The Great Pacific Garbage Patch), descoberta no final de 1990 é certamente a prova de que, ao contrário de qualquer outro animal neste planeta, nós, seres-humanos, não somos capazes de lidar com o nosso próprio lixo.

Localizada na região central no norte do Oceano Pacífico, aproximadamente entre 135 ° W a 155 ° W e 35 ° N e 42 ° N, é uma área onde as correntes oceânicas concentram toda poluição marinha ao longo de muitos anos. Nela achamos todos os tipos de lixo, desde pias a sacos plásticos.

A grande ilha de lixo do Pacifico tem agora cerca de 1.760 mil quilômetros quadrados, área três vezes maior do que a península de Espanha Portugal.

Não é só no Pacífico que encontramos essa ilha de dejetos, encontramos também lixo nos oceanos de todo o planeta em cinco pontos principais, também chamados de “Five gyres” – os cinco turbilhões (veja http://5gyres.org/).

É importante que se diga, que um saco plástico leva cerca de 20 anos para se decompor, enquanto uma garrafa de plástico pode levar até 500 anos.

A pergunta que devemos fazer é - Quem é o responsável pela coleta deste lixo? A lógica responde a essa pergunta dizendo que "os resíduos devem ser recolhidos por quem o fez" - o biólogo norte-americano, Barry Commoner, uma vez propôs a sua quarta lei da ecologia, "Não existe almoço de graça". Tudo que produzimos e consumimos tem tanto um custo econômico quanto um custo para o meio ambiente.

O que escoa pelos nossos ralos e vai para os nossos aterros sanitários passa a afetar negativamente alguém ou algum lugar, em algum setor da natureza. Infelizmente, muitas vezes, por conta de nossa cultura de “jogar tudo fora” nos esquecemos desse fato. Como resultado, as comunidades que acabam por pagar o preço de nosso lixo são freqüentemente distantes no tempo e no espaço de quem os produziu.

A fim de tentar resolver este problema, o Conselho Canadense de Ministros para o Meio Ambiente lançou uma consulta sobre um plano de ação local de responsabilidade estendida por parte do produtor – EPR (em inglês - Extended Producer Responsibility). Este poderá incluir não só os custos de fabricação do produto e a redução da poluição decorrente do processo de fabricação, mas também as despesas de lidar com o lixo resultante após o consumo do produto.

A EPR poderá ser a ferramenta pela qual a responsabilidade de pagar por programas de reciclagem e lixo não será mais dos municípios e passará a ser das empresas que os produzem.

Como repercussão teremos um incentivo para os produtores de futuros resíduos desenvolverem projetos ambientalmente mais amigáveis. Por exemplo, desde a introdução de leis EPR no Japão e na Europa, fabricantes de eletrônicos reduziram o uso de plásticos em muitos aparelhos, conseqüentemente reduziram sua dificuldade de reciclagem.

Felizmente muitos países introduziram proibições aos sacos plásticos: Bélgica, Itália, Austrália, Bangladesh, Tailândia, África do Sul.

Um projeto denominado Projeto Kaisei ("planeta oceano" em japonês) foi lançado em 19 de março de 2009, com planos para uma fase inicial de estudos científicos dos detritos do plástico no turbilhão do Pacífico Norte e de viabilidade de tecnologia de recuperação e reciclagem. O objetivo é trazer a colaboração global da ciência, tecnologia e soluções, na tentativa de remoção dos resíduos flutuantes.

Como o mundo pode ajudar nesse esforço de limpeza? - Blemya acredita em uma solução simples porem, não fácil; os nomes impressos nas embalagens de plástico deverão pagar a conta, proporcionalmente à quantidade do material encontrado.

A fim de evitar novas ilhas de lixo plástico sobre os oceanos um novo plástico feito de algas está desenvolvimento, este poderá tornar-se a nova base para a indústria de embalagens.

Na Conferência Global de plásticos ambientais da SPE (www.sperecycling.org) em Atlanta em outubro de 2011, duas novas operações de reciclagem, foram iniciadas com o propósito de criarem um bio-plástico feito de algas. Os novos e sofisticados processos tem propósito de criarem matérias de reciclagem pós-consumo de ciclo fechado.

Para se certificar de que nossos esforços na limpeza dos oceanos, juntamente com as novas descobertas feitas pela bio-engenharia de materiais plásto-alginatos, Blemya viajou a frente no tempo e nos trouxe alguns artigos sobre os efeitos benéficos de nossas ações no presente:
Embalagem comestivel para peixes

- As vantagens deste novo material era óbvia, uma vez descartado este é facilmente reintegrado à natureza, e se acidentalmente acaba nas águas dos oceanos, será considerado comida de peixe, com um pequeno e calculado impacto ecológico.

- Infelizmente, o gosto de alguns produtos mudou um pouco, uma vez que entra em contato com o novo material, mas soluções simples como manter o alimento afastado da superfície da embalagem por uma fina camada de parafina resolveu o problema.

- Foi muito bem aceito pelas instituições ecológicas, ONGs, e mais importante, o consumidor.

- O uso de materiais de bio-engenharia possibilitou criar toda uma linha de embalagens, projetadas e programadas diretamente nos códigos genéticos, o resultado foi surpreendente.
Algumas marcas de leite optaram por usar uma embalagem feita com os genes da Caravela Portuguesa (Physalia physalis), claro que o nematocistos e os tentáculos foram suprimidos, e por mais estranho que possa parecer,  se tornou um grande sucesso de mercado, o consumidor paga até 30% a mais apenas para ter a nova embalagem na mesa para o café da manhã.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Blemya e a “Era da Super Coletividade”



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Por definição "A Internet" é um sistema global de interconexão, usamos computadores, celulares, televisão, etc., por meio de uma linguagem comum, (o padrão da Internet Protocol Suite TCP / IP) para conectar milhares de milhões de usuários no mundo inteiro.

Porem, muito antes do fenômeno da Internet, sempre estivemos conectados de alguma forma, nós nunca estivemos isolados.

Vou dar um exemplo, você já se perguntou por que em cada cidade deste planeta, há alguém usando camisetas com a mensagem “I (coração) alguma coisa"?

Tudo começou com uma campanha publicitária para promover o turismo na cidade e Estado de Nova York em meados da década de 1970. O logotipo da marca registrada aparece em lojas de souvenires e folhetos em todo o estado, alguns autorizados, outros não. Criado por Milton Glaser e Bobby Zarem, consiste na letra I, seguida por um símbolo vermelho do coração (♥) , com a letras maiúsculas N e Y, usando a fonte slab arredondada.

Desde 1979, muitas pessoas têm visto e copiado a camiseta original da campanha "I love NY" com pequenas modificações aqui e ali, variações diferentes da mesma camiseta.

Isto é o que vem sendo chamado de consciência coletiva, um termo cunhado pelo sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917) para se referir às crenças comuns e atitudes morais que funcionam como uma força unificadora dentro da sociedade globalizada.

Mas, por mais estranho que possa parecer, às vezes você vê um comportamento que se repete em diferentes lugares e em diferentes culturas, aparentemente sem qualquer forma de conexão entre eles, como se todos tirassem idéias, imagens e significados de uma fonte comum. Este "Reservatório Universal" é conhecido como o Inconsciente Coletivo proposto por Carl Gustav Jung.

O inconsciente coletivo é um termo da psicologia analítica que descreve a existência de um segundo sistema psíquico de natureza coletiva, universal e impessoal, que é idêntico em todos os indivíduos. Este inconsciente coletivo não se desenvolve individualmente, mas é herdado. É composto de formas pré-existentes, os arquétipos, que só podem tornar-se consciente em segundo plano e que dão forma definitiva a certos elementos psíquicos.

Como Jung, muitas outras pessoas e até civilizações inteiras acreditavam que nos poderíamos estar conectados a uma força universal e inexplicável, os gregos antigos acreditavam que antes de vir para a vida na Terra, todas as almas viviam em uma cidade-estado chamada Kallipolis (Platão - 428-348 aC - "a cidade de Kallipolis" e a sociedade perfeita mencionada em "A República"). Uma vez que esta alma decida que iria viver uma vida corpórea, elas escolhiam como suas vidas seriam sucedidas, em seguida, eles apresentam os seus planos para Láquesis, e ela iria oferecer a companhia obrigatória de um Daimon, um anjo da guarda, escolhidos pessoalmente por cada alma.

Em uma caverna escura cheia de cordas e fios multicoloridos de ouro que eram entoados com poder sentavam-se as Moiras, três irmãs, filhas de Zeus e da Titã chamada Témis.

Cloto, a que enrolava, Láquesis, a que agitava, e Átropos a inexorável, cada uma com um propósito e uma tarefa que nunca deveria acabar. Cloto a mais jovem das três, deveria sempre girar o fio da vida de sua roca em seu fuso, Ela é chamada no nono mês de gravidez quando a vida deve surgir.

Uma vez que uma vida nasce na Terra, a cidade perfeita é esquecida, mas às vezes elas ainda têm vislumbres de lá.

Láquesis, a irmã do meio, então pega o fio e as medidas, para que ela possa decidir, juntamente com a alma, quanto tempo ele ou ela viveria e como o fio de sua vida iria se emaranhar com os fios das pessoas que encontraria durante seu período de vida. Ártropos, a mais velha das três, era a cortadora do fio. Ela é responsável pela morte dessa alma na terra.

Era assim que os gregos antigos acreditavam que nós temos as opções de escolher o caminho o qual a nossa vida seria vivida na terra. Surpreendentemente semelhante às crenças de outra culturas, veja por exemplo, como espíritas brasileiros concebem-na.

O Espiritismo é baseado nos cinco livros da Codificação Espírita ditadas por espíritos a médiuns e escrito pelo educador francês Hypolite Léon Denizard Rivail sob o pseudônimo Allan Kardec.

Espíritas acreditam na possibilidade de comunicação entre inteligências incorpóreas (espíritos) e as pessoas viventes através da mediunidade, a capacidade que uma pessoa tem de ter o contato com os espíritos dos mortos, anjos, demônios ou outras entidades imateriais.

Kardec foi um professor com pouca formação científica (ele nunca havia freqüentado uma universidade), sendo assim ele decidiu fazer sua própria pesquisa. Não sendo um médium ele mesmo, costumava ir regularmente a sessões de espiritismo com uma lista de perguntas elaboradas por ele para perguntá-las aos espíritos. Logo a qualidade das comunicações com os espíritos, parecia melhorar. De acordo com os espíritos, nós encarnamos e reencarnamos muitas vezes, a cada vida evoluímos um pouco através da caridade e do amor (o Espiritismo ensina que sem caridade não há salvação).

Quando não estamos encarnados, esperamos em colônias como as vistas no best-seller "Nosso Lar", psicografado pelo médium espírita brasileiro Francisco Cândido Xavier.

“Nosso Lar” refere-se à dimensões diferentes das nossas e estabelece um continuum de energia-matéria-espírito, associada as sábias, justas e perfeitas leis que agem em diferentes níveis, desde a matéria como a conhecemos até o espírito mais etéreo e evoluído. "Nosso Lar" o romance foi ditado por um médico falecido brasileiro que adotou o nome fictício de "Andre Luiz". Apesar de competente e respeitado entre os outros quando vivos, e mesmo tendo ajudado inúmeras pessoas em sua clínica particular em vida, após a morte suas batalhas internas levaram a desperdiçar cerca de oito anos em zonas mais baixas de agonia e loucura.

A maioria das coisas que a humanidade cria aqui na Terra são cópia de algo que já existe nas quase 1.300 colônias perfeitas que circundam nosso planeta.

Espíritos são encorajados a escolher como (e quando) irão sofrer as consequências pelo mal que fizeram em vidas anteriores. Condições precárias, deficiência física ou mental ou até mesmo uma vida sem sorte devem-se às escolhas que um espírito faz antes de reencarnar.

No Espiritismo também temos uma relação obrigatória com um Guia Espiritual (como o Daimons na filosofia grega antiga), que vai estar conosco durante o período de vida que passamos na Terra.

Não importa se você acredita em uma dessas teorias ou não, os elementos comuns que nos levarão a uma civilização do tipo 1, 2 e 3 (ver http://blemya.blogspot.com/2009/02/o-futuro-de-nossa-civilizacao-em-tres.html ) estão aqui, não há escapatória, todos estamos conectados.

Após o advento da Internet no final dos anos 60, nos melhoramos enormemente nossas conexões rumo ao que deveria ser chamado de " A Super Coletividade ", a época em que mudamos dos esforços individuais para um poder coletivo global, a época em que teremos tolerância para com as diferenças e saberemos aproveitar a riqueza criada pela diversidade.
Blemya - a monstrinha da coletividade sem fricções

A mensagem principal deste blog (Blemya) encontra-se na crença de que "A Super Coletividade” composta por belos e fortes diferentes indivíduos permitirá alcançar melhores presente e futuro". A simpática personagem da monstra blemya é diretamente relacionada ao que vivemos hoje; No início, ela pode ser muito assustadora, mas se você puder vencer essa negativa rejeição à monstra da coletividade, você certamente irá amá-la.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Mas Afinal o que é Prospenomia e Pós Escassez

Cadernos universitários de Luiz Pagano nos quais ele conceitua (e desenha) as idéias da Prospenomia

Prospenomia é o estudo de sociedades prósperas, harmoniosas e equitativas, muitas vezes retratadas na ficção. Essas sociedades imaginadas na ficção podem representar modelos ideais ou aspiracionais de organização social, econômica e ambiental, onde os recursos são utilizados de forma sustentável e equitativa, e onde existe uma interconexão positiva entre os seres humanos e o meio ambiente. A prospenomia pode envolver a análise desses modelos ficcionais para extrair insights e inspiração para a construção de uma sociedade real mais justa e próspera.


Por outro lado, o conceito de Pós-escassez refere-se a um estágio futuro em que a escassez de recursos materiais não é mais uma preocupação predominante. Nesse estágio, a tecnologia avançada, a eficiência na produção e o uso sustentável dos recursos permitiriam a abundância de bens e serviços para todos, sem comprometer o meio ambiente ou esgotar os recursos naturais. A pós-escassez implica uma mudança fundamental na forma como a sociedade organiza e utiliza seus recursos, buscando alcançar um equilíbrio sustentável entre as necessidades humanas e a preservação do planeta.

Em 1986, eu tinha as inusitadas aulas de "Estudos de Problemas Brasileiros" que o meu mestre, Antonio Sérgio Pacheco Mercier ministrava. Mesmo sendo aos sábados, eu adorava ir às aulas, o Professor Mercier tinha o dom de cativar os alunos com suas narrativas envolventes, especialmente quando discutia assuntos como comércio internacional.

Suas aulas eram ricas, falava sobre alguma convenção em Luang Prapang, que inspirou amigo Gilberto Lacerda a adotar um novo destino turístico dos sonhos, ou o acordo internacional de direito marítimo assinado em Mondego Bay, na Jamaica, em 1982 - ele nos levava em viagem a essas locações incríveis.

O professor nos mostrava a importância desses eventos, bem como os prazeres de se exercer uma profissão que melhor se ajusta a seu espírito, conciliando o prazer das viagens a melhoria das relações humanas no planeta. 

Mas foi durante uma conversa sobre possíveis temas para minha monografia que o Professor Mercier verdadeiramente me inspirou. 

Compartilhei com ele minha ideia supostamente "revolucionária" de aplicar conceitos de ficção científica à economia e administração pública, uma abordagem que chamei de #prospenomics 

Acreditava (e ainda acredito) que assim como a ficção científica de Júlio Verne inspirou Santos=Dumont em múltiplos de seus inventos, poderíamos também usar a sociedade de pós-escassez de Gene Roddenberry de Star Trek para servir de inspiração à novas abordagens na economia e administração pública.

A princípio o Professor Mercier se interessou pelo argumento, más ao ouvir atentamente minhas explicações disse que minhas ideias “ainda estavam em sua infância” e que “havia pouca aplicabilidade com a realidade”, :( No entanto, me encorajou a estudar mais sobre o assunto e a explorar melhor essas ideias. 

Mesmo me sentido um pouco frustrado por estar tão longe de um argumento viável, com sua orientação cuidadosa e críticas construtivas, embarquei em uma jornada de pesquisa e reflexão que ampliou meus horizontes acadêmicos e profissionais, realizando feitos que jamais havia sonhado em realizar. 

O Fim do Trabalo para Ganhar a Vida e o Iníco do Trabalho pelos seus Tlaentos

À medida que nos movemos em direção a um futuro onde as noções tradicionais de escassez e trabalho estão sendo questionadas, surge a necessidade de explorar novas abordagens para a organização da sociedade e da economia. Neste contexto, ferramentas digitais como o LinkedIn têm desempenhado um papel significativo ao facilitar a conexão entre pessoas e oportunidades de trabalho, com o objetivo de permitir que os indivíduos trabalhem com base em seus talentos e paixões, em vez de apenas para sustentar suas necessidades básicas.

O LinkedIn, uma plataforma de rede profissional amplamente utilizada, tem como propósito principal conectar profissionais de diversas áreas, permitindo que compartilhem experiências, habilidades e oportunidades de trabalho. Ao fornecer um espaço onde os usuários podem destacar suas habilidades e experiências, o LinkedIn promove um ambiente onde os talentos individuais podem ser reconhecidos e valorizados, independentemente de sua formação acadêmica ou experiência prévia.

A ideia subjacente ao uso do LinkedIn e de outras ferramentas semelhantes é a de que, ao criar oportunidades para que as pessoas trabalhem com base em seus talentos e interesses, em vez de apenas para ganhar a vida, é possível promover uma sociedade mais criativa, produtiva e satisfatória para todos os seus membros. Essa abordagem, conhecida como "trabalhar pelo talento", visa maximizar o potencial de cada indivíduo, incentivando a expressão criativa, a inovação e o crescimento pessoal e profissional.


Partindo do pressuposto de que cada pessoa é a melhor do mundo em um determinado assunto, sites sociais de negócios mundiais como o LinkedIn são ferramentas perfeitas para localizar e contratar os melhores profissionais, nas mais adequadas posições possíveis.

Mais do que permitir que usuários registrados possam manter uma lista de contatos com informações de pessoas que eles conheçam e confiam no seu ambiente de negócios, o software de recolocação profissional irá analisar as habilidades do candidato para criar uma GRePS - Graphic Representation of Professional Skills (Representação Gráfica da Qualificação Profissional).


Como impressões digitais os GRePS são únicos e permitem que o candidato experimente a chamada plenitude profissional.


Vamos ver como vai funcionar:


Sr. Miyamoto Shintaro vive em Tóquio e está atualmente à procura de um emprego. Sua experiência abrange gestão departamento de Recursos Humanos, recrutamento, treinamento e supervisão das equipes de Alimentos & Bebidas, bem como a criação de material de apoio. Sistemas de atualização (Micros, websites) também faz parte de sua rotina. Ele fala Japonês, Inglês e Italiano.


Ele mantém seu perfil no Linkedin perfeitamente atualizado. O programa GRePS gera uma chave específica que corresponde perfeitamente a uma posição aberta em uma empresa italiana.

Sr. Miyamoto fica muito animado com as perspectivas de trabalho em Roma, mas falta a ele o Programa de Intercâmbio Erasmus, curso exigido pelo contratante.

Ele imediatamente se inscreve no curso e depois de seis meses ele será "perfeitamente" qualificado para a posição.


Graças ao software GRePS o Sr. Miyamoto e muitos outros em todo o mundo irão encontrar o local perfeito, ajudando a sociedade da Terra para chegar a Era pós-escassez.

sábado, 5 de março de 2011

Prospenomia - O Caminho para a Pós-Escassez

Prospenomia (Prospenomics em inglês) é o estudo da prosperidade e seus geradores, a fim de traçar um caminho para a Pós-Escassez.  Através de uma abordagem económica e social que transcende os paradigmas convencionais da teoria económica conhecida, que tem uma abundância relativamente baixa à custa de um trabalho árduo e ineficiente, e não consegue distribuir o bem-estar entre os homens, dando pouca ou nenhuma atenção aos resíduos e caos gerados no planeta.

O campo de estudo da porspenomia surge da necessidade urgente de repensar os modelos económicos e sociais atuais e para isso devemos estudar todas as formas conhecidas de prosperidade, desde decisões inteligentes tomadas na antiguidade, bem como as ficções de Gene Roddenberry de Star Trek, que vislumbra um futuro em em que a prosperidade é abundante, não se usa mais frações monetárias para a troca de bens e serviços, e as pessoas trabalham para satisfazer seus talentos e ambições de elevação pessoal; ou também a de Buckminster Fuller, em que a prosperidade não se limitava apenas à acumulação de riqueza material ou ao crescimento económico, mas era uma questão de garantir bem-estar e sustentabilidade para todas as formas de vida no planeta.


Ao considerar os 4,5 bilhões de anos de evolução e extinções que moldaram o nosso planeta, as tênues relações de equilíbrio biológico que nos trouxeram até hoje, a Prospenomia reconhece a complexidade das interações entre os seres vivos e o meio ambiente, bem como o papel central do ser humano neste contexto, de protagonistas intelectuais do planeta, e portanto, devemos fazer uso do nosso córtex cerebral, a ferramenta mais evoluída que a natureza já criou, bem como futuras outras formas de Inteligência Artificial para explorar melhor os recursos “aparentemente” escassos, a ponto de reconhecer que são extremamente mais abundantes do que concebemos.

A humanidade, ao longo de sua história, emergiu como uma espécie capaz de transformar profundamente o meio ambiente e influenciar o destino de outras formas de vida, essa capacidade única confere ao ser humano uma responsabilidade significativa na preservação e no equilíbrio do ecossistema global.

A Prospenomia parte do pressuposto de que a atual crise ambiental e social é o resultado de um modelo econômico baseado na maximização do lucro e no consumo desenfreado, que ignora os limites do planeta e gera desigualdade extrema. Nesse sentido, o estudo busca identificar e promover princípios econômicos alternativos que possam conduzir a uma sociedade mais sustentável e próspera.

Desenho do logotipo da Prospenomia no caderno universitário - O globo com a África à direita - a origem da humanidade, segue em sentido anti-horário para a América do Norte com linhas paralelas mais distantes e por fim o Sul, em branco. A ideia é que, numa espiral anti-horária que se inicia em África, quanto mais nos afastamos das nossas origens, mais perdemos o autoconhecimento e o globo fica cada vez mais desprovido das suas linhas originais e naturais. O desenho transmite a ideia de que, se fosse feita uma análise cartesiana do planeta, o compreenderíamos melhor e retornaríamos a ter um maior equilíbrio, igaul ao dos primeiros hominídeos - Osasco 1986 

Uma das premissas fundamentais da Prospenomics é a ideia de que a prosperidade, em meio aos homens e suas políticas, não deve ser medida apenas pelo crescimento econômico ou pela acumulação de riqueza material, mas sim pelo bem-estar e pela qualidade de vida de toda a sociedade. Isso implica em repensar os indicadores tradicionais de desenvolvimento, como o Produto Interno Bruto (PIB), e considerar outros aspectos, como a saúde, a educação, o acesso aos recursos naturais e a equidade social.

Além disso, a Prospenomics reconhece a importância da cooperação e da solidariedade como princípios fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e sustentável. Isso inclui a promoção de políticas públicas que incentivem a colaboração entre os diversos setores da sociedade e a valorização do conhecimento e das habilidades de cada indivíduo.

No âmbito prático, a Prospenomics propõe uma série de medidas e políticas que visam transformar os sistemas de produção e consumo, promover a conservação dos recursos naturais e garantir o acesso equitativo aos bens e serviços essenciais. Isso inclui a adoção de práticas agrícolas sustentáveis, o investimento em energias renováveis, a promoção do comércio justo e o estabelecimento de sistemas de governança participativa.

Em suma, a Prospenomics representa uma nova abordagem para o desenvolvimento humano, baseada na ideia de que é possível criar uma sociedade de abundância e prosperidade para todos, sem comprometer o meio ambiente ou sacrificar o bem-estar das gerações futuras. É um convite para repensar nossos valores, práticas e instituições, visando construir um futuro mais justo, sustentável e equitativo para toda a humanidade.

Semiotica e Branding

Sendo eu um ilustrador e apreciador de estudos sobre semiótica, um grupo de debate sobre sociedades pós-escassez me procurou para criar um logo representativo. Consciente da importância desse símbolo, busquei incorporar elementos de diferentes culturas e crenças, garantindo sua universalidade. Inspirado em símbolos ancestrais e contemporâneos, criei um logo que transmite a essência da pós-escassez.

O círculo central em forma de cornucópia (símbolo medieval de riqueza) representa as esferas do universo, em constante harmonia. As linhas verticais conectadas aos círculos simbolizam as células interconectadas do universo, trabalhando juntas para alcançar a abundância e a fartura. A cor bordô ou púrpura é um símbolo de riqueza e prosperidade em muitas culturas, refletindo o potencial de cada indivíduo. O amarelo açafrão, associado a vestes usadas por monges e à cor da terra, representa a nobreza e a base da fundação.

Juntos, esses elementos formam um símbolo universal da pós-escassez, inspirando cada pessoa a fazer parte de uma sociedade próspera e sustentável.



sábado, 26 de fevereiro de 2011

Uma crônica de 400 milhões anos sobre nossa civilização De Pangea I a Pangea II

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Certa vez, Na Era dos Humanos um homem chamado Carl-Henric Svanberg disse: "O que nos trouxe até aqui não é o que vai nos manter aqui" esta pode ser uma boa dica a ser usada mundo dos negócios e também em assuntos relacionadas ao nosso mundo.

200 milhões antes da Era do Homem, a Terra possuia um grande continente chamado Pangea, os cientistas acreditavam que um novo Pangea se formaria 200 milhões de anos no futuro, então, a era humana é colocada no centro entre os dois Pangeas.


Este período de 400 milhões anos é apenas uma pequena fração de tempo na história do universo, e ao mesmo tempo, um período muito longo para que possamos conceber.

Foi no Era do Triássico que o primeiro vertebrado voou, os pterossauros evoluíram dos dinossauros, que apareceram pela primeira vez na superfície da Terra cerca de 230 milhões de anos e sobreviveram a extinção em massa do Triássico (228 milhões de anos atrás), quando cerca de 35 por cento de todos as famílias viventes morreram.


Historicamente, a ascensão dos dinossauros foi tratada como um caso clássico em que o grupo desenvolve características principais que lhe permitem expandir rapidamente, preencher muitos nichos, e prosperar sobre outros grupos.


Naquela época, a história da Terra estava pronta para uma grande mudança, foi na Era dos Humanos que o evento mais incrível aconteceu, o surgimento dos seres sencientes. Carl Sagan exprime este momento de uma forma muito poética " Nós (seres humanos) somos uma maneira do Cosmos conhecer a si mesmo. Nós somos criaturas do cosmos e sempre tivemos fome de conhecer nossas origens, para compreender a nossa ligação com o universo.


Como tudo chegou ate aqui? Cada cultura no planeta desenvolveu sua própria resposta para o enigma colocado pelo universo. Cada cultura celebra os ciclos da vida e da natureza. Há muitas maneiras diferentes de ser humano.


Aprendemos a cultivar a terra, o que nos permitiu ficar na mesma área. Cidades foram fundadas, a riqueza foi inventada, começamos a usar a natureza, em vez de viver dela, e com ela.


A população começou a explodir, e fomos forçados a ocupar áreas que não eram apropriadas. Isso fez com que mais uma vez, usássemos a natureza de forma equivocada.


A raça humana quase destruiu a si mesma também e o planeta, enquanto aprendíamos o poder da energia nuclear. Nós éramos jovens e curiosos como crianças, não sabíamos o que estávamos fazendo.


Mas aprendemos a sobreviver e como ajudar os outros ao invés de usá-los. Após toda a conquista tecnológica percebemos que é importante voltar a nossas origens.


A Terra estava prestes a se tornar incandescente devido à quantidade de eletricidade que era usada quando nós entendemos como usar a luz bioluminescente. O edifício não só economizava eletricidade, mas também gerava oxigênio usando SSAB (Sistema Simbiótico de Algas Bioluminiscentes).


Cidade brasileira de São Paulo foi uma das primeiras a usar SSAB, e a Avenida Paulista era elegantemente iluminada e o Brasil prosperava.


Mas foi durante a Era do Gelo que a Avenida Paulista sofreu a sua pior ameaça. 100 anos de tempestade gelada quase destruiu o MASP, Patrimônio Cultural da Humanidade repleto de obras de arte da nossa civilização.

Planeta dos macacos? Não, planeta dos cães.

A humanidade sempre se perguntou: "Se por alguma razão, a humanidade morresse, qual criatura iria se levantar como a espécie dominante?"


Os cães, não os macacos (como vimos no cinema) prosperaram. Os cães, lobos e coiotes eram as espécies com maior probabilidade de sucesso para dominar o planeta Terra.


Os primeiros cães selvagens se originaram na África a quinze ou trinta e cinco milhões de anos antes da Era dos Homem, provavelmente um pai lobo e mãe chacal tiveram um lindo filhotinho que foi domesticado pelo homem primitivo.


A amizade entre cães e seres humanos pode ser resumida no conto de um caçador: "depois de uma caçada bem sucedida, um grupo de homens primitivos fizeram uma pequena fogueira com ramos mais curtos para cozinhar e comer. Eles perceberam que o animais parecidos com lobos se aproximavam. Um menino do grupo, tocado pelo olhar triste do animal, ofereceu um pedaço de carne. O cão corajoso se aproximou e pegou. Semanas depois, a amizade foi selada quando os cães, organizados em um grupo liderado por esse mesmo cão, defendeu os caçadores do ataque de um grande predador durante a noite ".


A amizade tornava-se cada vez mais forte, os seres humanos eram enterrados com seus cachorros na antiga Jericó, Ulisses de Homero resistente guerreiro chorou com a morte de seu devotado velho cão Argos, e galgos valiosos companheiros dos romanos e aristocratas medievais.


Existem opiniões divergentes sobre como os cães se tornaram tão diversificados. Mas muitos especialistas acreditam que os seres humanos, capazes de perceber o potencial dos cães, começou a selecionar cães de determinadas características físicas para diferentes tipos de tarefas.


Mas, como os cães se tornaram-se auto-conscientes e inteligentes?


O mui conhecido romancista francês Pierre Boulle tornou-se famoso ao escrever dois dos maiores romances que foram adaptados para filmes de sucesso nos anos 70, "A Ponte sobre o Rio Kwai"e "La Planète des singes".

O livro publicado em 1963 e o filme lançado em 1968 (de novo em 2001) conta a história de uma tripulação de astronautas que fazem o pouso forçado em um planeta estranho no futuro distante. Os tripulantes sobreviventes se deparam com uma sociedade em que os macacos evoluíram para criaturas capazes de falar e com inteligência semelhante à humana. Os macacos assumiram o papel de espécies dominantes e os seres humanos eram apenas animais vestindo peles de animais.


O biólogo Russo Ilya Ivanovich Ivanov (Илья Иванович Иванов ", - 1 de agosto de 1870 a 20 de março de 1932), especializado em inseminação artificial e hibridação inter-especíes de animais. Estava envolvido em controversas tentativas para criar um híbrido homem-macaco, com o objetivo de tornar o sonho ditador soviético em realidade; soldados sem medo, com força sobre-humana e grande resistência, que seguiria qualquer ordem, comeria qualquer coisa, e ignoraria a dor, os ferimentos ou operários capazes de fazer o trabalho de dez homens sem reclamar.


Ninguém sabe exatamente como surgiu o primeiro Cinocéfalo inteligente, poderia ter sido o resultado de experiências militares para criar cães mais inteligentes, capazes de executar complexas missões estratégicas, ou poderia ter sido, um empresário milionário, que com o intuito de impressionar sua família, encomendou a um geneticista corrupto e trouxe para casa o que havia de mais moderno animal de estimação - o chamado CGA (Cão Geneticamente Alterado). Mas o que sabemos de fato é que quando a CGAs tornaram-se inteligentes, palavras como racismo (ou melhor "especiesismo") motins, escravidão, e contra-escravidão tornaram-se comuns nas telas dos noticiários.


Sociedade Subaquática


“Terra Estufa” 100,000 mil anos no futuro


Novas zonas de subducção ao longo da costa leste da América do Norte e América do Sul começaram a consumir o fundo do oceano que separa a América do Norte da África. Cerca de 100 milhões de anos depois da Era dos Humanos a placa Dorsal Meso-Atlântica subduziu e os continentes voltaram a se aproximar.


100 milhões de anos depois da era humana, a raça humana é praticamente a mesma por causa da chamada "síndrome de tubarão". As pesquisas sobre a cura do câncer nos levou para os tubarões. Eles sobrevivem na Terra por 400 milhões de anos com poucas a modificações evolutivas, a sua longevidade se deve, em parte, a uma extraordinária resistência ao câncer e outras doenças.


Na busca pela cura do câncer da humanidade fez uso de inúmeras experiências genéticas. Em algum momento, os cientistas realizaram a hibridação interespecies entre tubarões e homens. O resultado foi a cura de uma doença e a criação de uma condição não tão boa, nas quais as modificações evolutivas são muito lentas.


As experiências com tubarões não param por aí. Em uma determinada edição dos Jogos Olímpicos um excelente nadador quebrou todos os recordes, ele foi capaz de nadar 1,5 quilômetros, sem colocar a cabeça fora da água, e não estava dopado.


Depois de alguns exames, descobriu-se que o homem tinha guelras e membranas entre os dedos das mãos e pés. Era o resultado de uma série de experimentos para criar "Atlânti"o homem da Atlântida.

Quando os resultados do teste vieram à luz, já havia uma considerável população de Atlântis vivendo nos oceanos.


Assim, na "Era da Terra Estufa" o homem não mudou muito, mas há outras espécies que coexistem em harmonia; Cinocéfalos, Atlântis, e alguns outros. A capacidade de viajar ao espaço ajudou os humanos e humanóides a sobreviver à alguns eventos de extinção em massa.


O Atlânti foi sem dúvida a espécie mais prolífica e próspera. Como o nível dos oceanos subiu por causa das altas temperaturas do planeta, eles tinham muito espaço na superfície encharcada da Terra. A raça humana estagnou-se evolutivamente em matéria de inteligência, devido à "síndrome dos tubarões" e os cães não são tão inteligentes assim, garantindo a espécie do bem-intencionadas e benevolentes Atlântis o titulo de "EDS" (Earth Dominant Species).

Hoje, um terremoto atingiu o planeta, parecia que a Terra queria lembrar que Pangea II esta quase unida. Nós não precisamos de longas pontes para ligar os continentes em Pangea II, somos capazes de lembrar de fatos que ocorreram a 2 minutos com a mesma precisão com que nos lembramos de fatos do Triásico. Gostaria de terminar esta crônica agradecendo aos seres humanos, Cinocéfalos e Atlântis citando Carlos Drummond de Andrade, da Era dos Humanos – Receita de Ano Novo:


"Para ganhar um Ano Novo

que mereça este nome,

você, meu caro, tem de merecê-lo,

tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,

mas tente, experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo

cochila e espera desde sempre."

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Paraísos Fiscais

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É um fato bem conhecido que os impostos sobre investimentos diferem de banco para banco e de país para país. Na Grécia Antiga (aproximadamente 400BC), por exemplo, algumas das ilhas gregas foram utilizadas como depósitos pelos comerciantes marítimos da época para colocar as suas mercadorias estrangeiras, e assim evitavam o imposto de importação de dois por cento afixado pela cidade-estado de Atenas.


O ato de evitar os chamados “Cinque Ports” (comunidade das cidades costeiras criadas em 1155 para fins militares e comerciais em Kent e Sussex, no extremo leste do Canal da Mancha), a fim de não pagar os impostos para a Coroa Inglesa ilustram muito bem a histórica necessidade humana de maximizar retorno sobre investimentos.


Basicamente, um paraíso fiscal é o lugar onde os impostos são cotados, quer a uma taxa baixa ou até mesmo isento. É o lugar para onde os investidores vão com a intenção de reduzirem seus impostos.

Existem algumas características específicas identificadas pela Organização para a Cooperação Econômica e o Desenvolvimento (OCDE) para decidir a estrutura fiscal de qualquer nação indicada como paraíso fiscal. São elas:


- Em relação as situações em que há/ou não há apenas o pagamento de impostos nominais. Em casos especiais, o Paraíso Fiscal cria condições nas quais se oferecem refúgios para que os não residentes fujam dos impostos elevados dos países onde residem.


- Paraísos Fiscais em geral, enfatizam a proteção da informação financeira pessoal dos contribuintes. Têm leis específicas para o benefício de pessoas físicas e jurídicas que protegem do controle de leis rigorosas e de autoridades fiscais estrangeiras.


No entanto, ocorre uma falta de transparência nas disposições que regem o funcionamento dos paraísos fiscais. De acordo com a OCDE, a legislação tributária deve ser aberta e coerente de tal forma que qualquer informação exigida pelas autoridades fiscais estrangeiras sobre o contribuinte individual é facilmente levantada. A OCDE decide se cada jurisdição pode ser autorizada a impor impostos diretos e para determinar a taxa de imposto exigido.


Entre os mais velhos Paraísos Fiscais do mundo são citados as ilhas do Canal e Ilha de Man e de acordo com o moderno conceito de paraíso fiscal, Bermudas é o primeiro Paraíso Fiscal a ter uma empresa offshore, a Conyers Dill e Pearman. Essa visão é contestada por alguns que acreditam que o primeiro Paraíso Fiscal, no seu verdadeiro sentido, foi a Suíça e Liechtenstein, em seguida. No entanto, o aparecimento dos modernos Paraísos Fiscais ainda é assunto de controvérsias.


O National Bureau of Economic Research (Bureau Nacional de Pesquisa Econômica) dos Estados Unidos indica que aproximadamente 15% dos países no mundo são tidos como paraísos fiscais, que esses países tendem a ser pequenos e ricos, e que quanto melhor governado e regulamentado estes países são mais propensos a tornarem-se paraísos fiscais, com maiores possibilidades de sucesso quando se enquadram como paraísos fiscais.


São tidos como paraísos fiscais:


- Andorra – Isento de imposto de renda pessoa física.

- Anguilla - território britânico ultramarino no Caribe e centro bancário offshore

- Antígua e Barbuda

- Aruba

- Bahamas - não tem impostos sobre a renda pessoal e sobre os ganhos de capital, nem impostos sobre heranças.

- Barbados - "regime de baixos impostos” não é um "paraíso fiscal". - O governo de Barbados, enviou recentemente uma nota-de-alto-nível para os membros do Congresso dos Estados Unidos, em protesto contra o rótulo de "Paraíso Fiscal", afirmando que tal assunto tem o potencial de prejudicar ou anular o acordo de dupla tributação firmado entre Barbados e os Estados Unidos. Integra a Lista Branca da OECD/G-20 desde o seu aparecimento em 2009. O governo de Barbados começou uma campanha publicitária internacional na qual afirma ser o único país do Caribe a estar incluso na tsal lista branca.

- Belize - não há imposto sobre ganhos de capital.

- Bermuda - não há imposto de renda sobre lucros no exterior e permite que empresas estrangeiras possam incorporar o status de "isento". As empresas "isentas" sob as leis locais de propriedade 60/40 não obedecem a qualquer estatuto fiscal especial. As empresas isentas também são limitadas a fazer o comércio local e não podem ser titulares imobiliárias em Bermuda, nem podem estar envolvidos com serviços bancários, seguros, resseguros, gestão de fundos ou empresas semelhantes, tais como consultoria de investimento, sem uma licença especifica. A ilha também mantém uma reputação estável e limpa no mundo dos negócios. Atualmente, não existe benefícios para pessoas físicas, não-Bermudenses possuírem residência na ilha, eles tem que pagar uma taxa de participação estrangeira de 25% do valor da compra de um imóvel, e pagar no mínimo 15.000 dólares por ano em impostos sobre a terra. Também só podem comprar casas de um tipo específico e de alto custo (geralmente acima de R $ 4 milhões), de modo que o imposto é em grande parte maior que R $ 1 milhão.

- Bósnia-Herzegovina - imposto de renda de 10% para as empresas, 10% de imposto de renda, 10% de imposto sobre ganho de capital.

- Ilhas Virgens Britânicas: o relatório do ano 2000 da KPMG para o governo do Reino Unido indicou que as Ilhas Virgens Britânicas domiciliaram aproximadamente 41% das empresas offshore do mundo, tornando-se com grande vantagem a maior jurisdição marítima do mundo em volume de empresas. As Ilhas Virgens Britânicas, evitaram até agora, os escândalos que têm manchado as menos regulamentadas jurisdições offshore.

- Bulgária –imposto de renda de 10% para as empresas, 10% de imposto de renda e 10% de imposto sobre ganho de capital.

- Campione d'Italia - um enclave italiano na Suíça.

- Ilhas Cayman -

- Ilhas do Canal- nenhum imposto é pago por empresas ou indivíduos sobre os rendimentos e ganhos de estrangeiros. Não residentes não são tributados sobre a renda. Tributação local a uma taxa fixa de 20% em Jersey, Guernsey, Alderney e e 0% em Sark.

Ilhas Cook -

- Chipre: esta jurisdição tem crescido em popularidade recentemente, e antecipa crescimento futuro. Como uma jurisdição, Chipre está em posição de explorar sua posição incomum de ser uma jurisdição offshore que está dentro da UE. 10% imposto sobre as sociedades (0% para empresas de navegação), 20-30% de imposto de renda, 20% da CGT

- Estado de Delaware, um Estado dos EUA que não cobra imposto de renda sobre as empresas que não operam no interior do Estado,

- Egito - imposto de renda de 20% para as empresas, 20% de imposto de renda, imposto sobre ganho de capital.

- Gibraltar não é mais considerada um paraíso fiscal não cooperativo desde 30 de junho de 2006. Nenhum certificado de isenção foi emitido para uma nova empresa a partir dessa data. Todos os certificados anteriormente emitidos para empresas serão ineficazes a partir de 2010.

- As taxações fiscais de Hong Kong são baixas (16,5%) o suficiente para sejam consideradas as de um paraíso fiscal. Hong Kong também não tem imposto sobre ganhos de capital. No entanto, possui uma vibrante economia de serviços e seus baixos impostos não foram concebidos para fazer de Hong Kong, um paraíso fiscal. Hong Kong costumeiramente rejeita o rótulo. O ex-secretário financeiro, Nicholas Haddon-Cave afirmou: "Em Hong Kong, contamos com a nossa estrutura de baixos impostos e livre circulação através de intercâmbios destinados a incentivar os investimentos, e não sobre os truques habituais de isenções fiscais e rápida write-offs comumente encontrados em paraísos fiscais ".

- A Ilha de Man não cobra o imposto sobre ganhos de capital, imposto sobre herança ou imposto sobre a fortuna. Imposto de renda pessoa física da ordem de 10 a 20% para moradores da Ilha de Man com investimentos em outras partes do mundo, até um máximo de £ 115,000 para passivos fiscais (em abril de 2010). Imposto de renda sobre os lucros de instituições bancarias estabelecidos na Ilha de Man 10% e também de 10% sobre renda de aluguel de imóvel na Ilha de Man.

- Labuan, uma ilha Malaia de Bornéu.

- Kuwait

- Macau - impostos empresariais entre 9 a12%. Impostos sobre o rendimento das pessoas físicas entre 5-12%. Não há impostos para ganhos de gapital. Não há imposto para empresas que operam "off shore". A maioria esmagadora dos impostos governamentais macaenses são provenientes de impostos cobrados nos cassinos na ordem de 39%. Todos os residentes de Macau (temporários e permanentes) têm direito a um auxilio de caixa anual oferecido pelo governo de MOP3600 ou MOP6000 (aproximadamente $ 450USD / $ 750USD).

- Ilhas Maurício - empresas de fachada de investidores estrangeiros são usadas para evitar o pagamento de impostos a Portugal, utilizando-se de brechas no acordo bilateral sobre a dupla tributação entre os dois países, com o apoio tácito do governo indiano, que tem interesse em melhorar os números relativos ao investimento estrangeiro. O uso de Maurício como um uma via de acesso para canalizar os investimentos estrangeiros na Índia sempre foi controverso. Regime financeiro das Maurício tem as características fundamentais de um paraíso fiscal, o que contribui para facilitar este processo.

- República da Macedônia - impostos para pessoas jurídicas de 10%, imposto de renda de 10%, imposto sobre o reinvestimento do lucro de 0%.

- Mônaco não cobra um imposto de renda pessoa física.

- Nauru - Sem impostos. Apenas a taxa de embarque do aeroporto.

- Antilhas Holandesas - Em outubro de 2008, o Secretário de Estado das Finanças anunciou que as Antilhas Holandesas, juntamente com a Ilha de Man começariam a procurar maneiras de combater o rótulo de "Paraíso Fiscal", que fora atribuído a seus territórios por parte de alguns governos. Os líderes sugeriram que gostariam de receber um tratamento mais equitativo da indústria de serviços financeiros internacionais.

- Nevis

- Nova Zelândia não taxa a renda de estrangeiros obtidos na NZ, ou das quais os residentes estrangeiros são os beneficiários. Também não tributam os rendimentos estrangeiros de novos moradores por quatro anos. Não há imposto sobre ganhos de capital.

- Ilha Norfolk – não há imposto de renda pessoa física.

- Panamá - entidades 'offshore' não são proibidas de exercerem as suas atividades de negócios no Panamá, com exceção dos bancos com Licenças de Representação Internacionais (ver Setores de Negócios Offshore), estes não são tributades sobre os rendimentos do comércio interno, e tem de segregar essas operações em suas contas.

- Rússia - 13% de imposto de renda pessoa física.

- Samoa

- San Marino

- Arábia Saudita

- Seychelles

- São Cristóvão e Nevis

- São Vicente e Granadinas

- A Suíça é um paraíso fiscal para os estrangeiros que se tornam residentes depois de negociar o montante dos seus rendimentos sujeitos à tributação com a maioria dos cantões da Suíça, em que pretendem viver. Normalmente a renda tributável assumida a partir do valor de cinco vezes o valor do aluguel pago. O cantão francófono de Vaud é o mais popular para este esquema, o que geralmente é chamado de "forfait fiscal " ("pacote fiscal"). Para as empresas, o cantão de Zug é o mais popular, com mais de 6.000 companhias.

- Ilhas Turks e Caicos – Para atrair as companhias com a “isenção” existe uma combinação do estatuto de isenção fiscal e de divulgação mínima de requisitos administrativos. A fim de obter isenção de impostos os pleiteantes devem, no momento da incorporação apresentar na Conservatória de Registo Comercial, uma declaração assinada indicando que o negócio da empresa será realizado em grande parte fora das ilhas Turks e Caicos. Os assinantes não são obrigados a informar ao secretário a identidade dos efetivos beneficiários. Uma empresa isenta deverá nomear um representante residente nas ilhas no caso de um eventual processo judicial. Existem mais de 15.000 empresas internacionais registradas nas ilhas Turks e Caicos.

- Ucrânia - 15% de imposto de renda

- Emirados Árabes Unidos - para pessoas físicas e para as empresas da zona livre de Jebel Ali.

- Ilhas Virgens dos Estados Unidos - oferece uma isenção de 90% do imposto de renda proveniente dos EUA e isenção de 100% de todos os outros impostos e taxas aduaneiras para determinados contribuintes qualificados.

- Reino Unido –não há imposto sobre Ganhos de Capital para não-residentes ou corporações estrangeiras com sede no exterior, não há tributação mundial de domicílios.

- Vanuatu - o Comissariado de Serviços Financeiros anunciou em maio de 2008, que seu país iria reformar suas leis de modo a deixar de ser um paraíso fiscal. "Nós estivemos associados a este estigma por um longo tempo e agora pretendemos deixar de ser um paraíso fiscal."


Ex-Paraísos Fiscais


- Beirute - anteriormente tinha a reputação de paraíso fiscal apenas no Oriente Médio. No entanto, isso mudou depois da quebra Banco Intra em 1966, e da deterioração política e militar do Líbano, que acabou por dissuadir os estrangeiros a identificarem o país como um paraíso fiscal.

- Libéria - tinha uma próspera indústria de matrículas de navios. A série de violentas e sangrentas guerras civis nos anos 90 e início dos anos 2000 danificaram severamente sua confiança e competência. O fato de o negócio de matrícula dos navios continuar é em parte uma prova de seu antigo sucesso, e em parte um testamento da passagem do National Shipping Registry (registro de transporte nacional) para a cidade de Nova York.

- Tanger - teve uma breve e brilhante existência como paraíso fiscal no período entre o final do controle efetivo da Espanha em 1945, até que foi formalmente reintegrado ao Marrocos em 1956.


No mapa abaixo, Blemya selecionou 50 centros financeiros ou 50 países suspeitos de práticas fiscais mais ou menos duvidosas de acordo com a metodologia utilizada no artigo do "Le Mond" considerando as seguintes definições cruzadas a saber:

- Definições da OCDE

- Definição de Chambost Edward, um especialista de renome internacional em centros offshore.

Definições de Gregório Duhamel, advogado tributarista francês, autor de guias sobre os paraísos fiscais.

O nível de transparência dos 50 paraísos fiscais identificados é, avaliado levando-se em consideração os critérios extraídos dos relatórios da OCDE, "Para a igualdade de condições", Fórum Global sobre a tributação de 2007.


* Países com leis de sigilo bancário fortes, mas que participam na troca automática de informação no contexto da diretiva da UE sobre investimentos, e também, outros três países com o sigilo bancário um pouco menos rigoroso mas que também são signatários deste tipo de acordo, são eles: Aruba, Ilhas Cayman Montserrat.


Grupos da sociedade civil no Fórum Social Mundial em Dakar, lançaram uma campanha em 08 de fevereiro de 2011 para quebrar o sigilo bancário dos paraísos fiscais por empresas multinacionais, estes grupos afirmam que os paraísos fiscais privam os países em desenvolvimento de enormes somas de dinheiro.


"Muito poucas pessoas estão conscientes de que os países em desenvolvimento perdem mais dinheiro através de impostos não pagos do que recebem em ajuda. É muito importante fazer a associação entre os impostos e desenvolvimento ", disse Mariana Paoli do grupo Christian Aid de Londres.


O grupo se juntou a Oxfam, a Tax Justice Network África entre outros na convocação para o G20 acabar com o sigilo bancário em paraísos fiscais.


Os grupos de estimam os prejuízos fiscais nos países em desenvolvimento em mais de 125 mil milhões de euros (US $ 170 bilhões) por ano, “mais do que o orçamento de assistência financeira total ao desenvolvimento, enquanto a crise econômica leva a cortes orçamentais significativos e milhões de crianças ainda não têm acesso à educação."

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