quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Globalização e a consciência coletiva.




Membros de uma mesma espécie sempre estão e estiveram conectados, apesar de pequenas desavenças.

Neste sentido vou comparar três sociedades (não exatamente na ordem apresdentada): - A primeira é a nossa, dos humanos, a segunda vive a mais de 50 milhões da anos da mesma forma e a terceira é uma espécie criada pela ficção cientifica.

Na nossa sociedade existiu um sociólogo teórico francês chamado Émile Durkheim (1858-1917) em seus livros The Division of Labour (1893), The Rules of Sociological Method (1895), Suicide (1897), and The Elementary Forms of Religious Life (1912). Émile aborda a consciência coletiva, conceito criado por ele para designar uma força social uificadora

Esta força que funciona por si só tem como motores centrais a religião, que desempenha um grande papel nas sociedades familiares, tribais ou baseadas em clans, em sociedades como esta os conceitos são amplamente compartilhados (de forma oral ou escrita em sua grande maioria) criando uma solidariedade automática com diversas ramificações.

Nem é preciso dizer que muito já foi teorizado e colocado em prática para que possamos ter recompensas no nosso trabalho, de forma capitalista, socialista e até comunista, mas os resultados ainda são insatisfatórios, escrevi uma monografia na faculdade em 1986 sobre como a Prospenomia, o estudo das sociedades prósperas pode nos levar a uma situação de Pós-Escassez (em breve postarei essas idéias por aqui), má por hora continuemos com nosso raciocínio.

Gene Roddenberry criou para o seu seriado Star trek uma raça de mentalidade insetóide só foi aparecer na televisão com nova geração por motivos de falta de orçamento para criar seres sibernéticos convincentes.

O Borgs, são uma espécie que absorve novos membros para sua sociedade de forma autoritária, capturando civilizações e re adaptando-as para a sua coletividade.

Uma característica interessante dos Borgs é que quando são atingidos por um phaser (arma usada no seriado) ou qualquer outra arma, sofrem com o impacto, depois assimilam os efeitos deste impacto que é repassado de forma real-time para toda a coletividade, aí então desenvolvem sistemas de defesa para que a arma perca seu efeito.

Tratando-se então de uma raça que evolui com suas falhas em nano-segundos, virtualmente invencíveis, eles saem pelo espaço absorvendo culturas e sociedades, e o que sobrou destes planetas ou sistemas são abandonados como lixo no espaço.

Nisso a raça humana tem muito em comum com os Borgs, aterros sanitários são vergonhosamente antagônicos. Criamos diversos meios para deixar nossa vida mais confortável, segura, eficiente, mas não sabemos o que fazer com o nosso lixo.

Só a cidade de Nova York produz 11.000 toneladas de lixo por dia (e o prefeito Michael Bloomberg ainda quer aumentar este numero propondo como medida de economia, acabar com a reciclagem de metais, vidros e plásticos)

É ai então que entra a sociedade mais evoluída de todas, esta sociedade que tem mais de 50 milhões de anos (em algumas espécies) tem as características mais interessantes das duas outras, com a grande vantagem de tratarem seu lixo.

A sociedade das formigas cortadeiras dos gêneros Atta e Acromyrmex passou pela revolução agricultural (no caso evolução) e estão interligadas rede de informação (como nos fizemos nos anos 90) a mais de dois milhões de anos atrás.

Estas formigas cortam folhas que são levadas as suas colônias, que após um tratamento especial tornam-se substratos para fungos, que são colhidos e transformados em alimentos. Elas também usam feromônios, como uma ferramenta bioquímica de comunicação altamente eficiente, muito parecida com a qual os neurônios processam informações no cérebro, transformando a coletividade num organismo funcional e muito eficiente.

O sucesso da coletividade das Formigas em comparação ao dos Humanos e dos Borgs deve-se ao fato de que o lixo gerado pela sua agricultura é transformado em compostágem de rico valor nutricional. Este adubo é espalhado por elas mesmas na floresta e é 100% reintegrado a natureza.

Talvés a melhor forma de avaliarmos o quanto uma coletividade é evoluída é levando em consideração a que forma esta trata seu lixo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Acredito que estamos vivendo uma fase de anomia (v.Durkein) globalizada. Não sabemos o que é certo e errado...Evoluir ou preservar? Será que poderemos um dia evoluir sem destruir? Falo não somente de ecossistemas, mas também de povos e culturas. Quem sabe a humanidade resolve seguir o grande exemplo das formigas, citado de forma magnânima pelo autor.
Sandra Macedo

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